Ciente

A ação da atenção. Olhar para aquilo que dói. É um desafio na nossa jornada de auto conhecimento. Estar ciente de si, dos seu padrões é necessário. Jogar um holofote é o primeiro passo para uma mudança comportamental. Perceber-se naquela situação. Naquele padrão, seja ele bom ou ruim.

O meu insight de hoje foi: consigo prestar atenção quando estou voltada para fora. Ciente do outro. De como eu impacto no outro. Quando eu percebo e elaboro o que passei e cheguei do outro lado do tunel. Quando eu estou em um momento do ciclo menstrual ou de vida em que consigo ter uma outra ótica. Tipo copo meio cheio, sabe?

Mas, quando estou na fase reclusa, na fase de olhar pra dentro, tudo vira do avesso. Não consigo jogar luz, trazer atenção ao que está me deixando pra baixo. Nos dias trsites, estou triste não sei porquê. Não sei o que me deixa triste. O que tem me deixado sem esperança. Qual o meu lugar no mundo. É como se olhar pra dentro, dentro daquele emaranhado de sentimentos, fosse muito difícil de trazer luz. Como no fundo de uma caverna, quando acabou a sua lanterna e você deve guiar-se pelos sentidos. Estou percebendo que minha audição, tato, olfato estão indisponíveis. Tipo um celular sem sinal. Não tenho bússola para olhar pra dentro. Dentro de mim só tem um quarto bem bagunçado e com teias de aranha. Tipo a Sala Precisa do mundo de Harry Potter.

Por que o outro é sempre o meu foco?